A lei e a ordem eram muito duras na Inglaterra medieval. Os responsáveis acreditavam que as pessoas só aprenderiam a se comportar corretamente se temessem as consequências de se quebrar a lei. Mesmo a "menor" das infrações tinham punições graves. As autoridades temiam os pobres simplesmente porque eles existiam em maior número, e assim qualquer revolta poderia ser potencialmente prejudicial - como a Revolta Camponesa de 1381 provou.
Henrique II |
Na época de Henrique II (1133 – 1189) o direito na Inglaterra melhorou sensivelmente. Henrique enviou seus próprios juízes de Londres para ouvir todos os casos em todo condados da Inglaterra. Cada pessoa acusada tinha que passar por uma provação. Havia três provas:
Provação pelo fogo: O acusado segurava uma barra de ferro em brasa e andava três passos. Sua mão era, então, enfaixada e deixada assim por três dias. Se o ferimento estivesse melhorando após três dias, estaria comprovada a inocência. Se a ferida não tivesse claramente melhorado, o veredicto seria a culpa.
Provação pelo fogo: O acusado segurava uma barra de ferro em brasa e andava três passos. Sua mão era, então, enfaixada e deixada assim por três dias. Se o ferimento estivesse melhorando após três dias, estaria comprovada a inocência. Se a ferida não tivesse claramente melhorado, o veredicto seria a culpa.
Provação pela água: O acusado era amarrado e jogado na água. Se flutuasse, seria culpado.
Provação pelo combate: Este era utilizado pelos nobres. Eles deveriam lutar contra o acusador. Quem ganhasse estaria com a razão. Quem perdesse estaria normalmente morto ao final da luta.
Em 1215, o Papa Inocêncio III decidiu que os padres na Inglaterra não deveriam ajudar nas ordálias. Como resultado, as ordálias foram substituídas por júri popular. Porém, este método não era muito popular entre as pessoas. A maioria tinha receio de que seus vizinhos pudessem nutrir rancor contra eles e usar a oportunidade para se vingar. Depois de 1275, foi introduzida uma lei que permitia às pessoas serem torturadas se se recusassem a ir a julgamento perante um júri.
Um pouco de incentivo ajuda a obter qualquer confissão |
Ser considerado culpado de um crime era esperar uma punição severa. Os ladrões tinham as mãos cortadas. Mulheres que cometeram assassinatos eram estranguladas e depois queimadas. Pessoas que caçavam ilegalmente em parques reais tinham suas orelhas cortadas e a alta traição era punida pendurando, arrastando e esquartejando. Devido ao custo, haviam muito poucas prisões e as comunidades locais não estavam preparadas para pagar por sua manutenção. Era mais barato executar alguém por um crime ruim ou mutilá-lo e deixá-lo partir.
Enforcamento de bruxas |
A maioria das cidades tinham uma forca nos seus limites. As pessoas ficavam penduradas e seus corpos eram deixados para apodrecer ao longo de semanas como um aviso para os outros. No entanto, tais castigos violentos, evidentemente, não impediam as pessoas. Em 1202, a cidade de Lincoln teve 114 assassinatos, 89 assaltos e 65 pessoas ficaram feridas em brigas. Apenas 2 pessoas foram executadas por tais crimes, donde pode-se concluir que muitos fugiram de Lincoln para não precisar responder por seu crime.
Fonte: The History Learning Site